terça-feira, 31 de outubro de 2017

OSASCO: "INSTITUI NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO O DIA MUNICIPAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA - FORÇA GERADORA DE EMPREGOS, A SER COMEMORADO ANUALMENTE NO DIA 05 DO MÊS DE OUTUBRO".


"INSTITUI NO CALENDÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE OSASCO, O DIA DO CAPELÃO“, A SER COMEMORADO EM 31 DE OUTUBRO.


OSASCO: INSTITUI NO MUNICÍPIO A SEMANA DA REFORMA PROTESTANTE A SER COMEMORADA NA ÚLTIMA SEMANA DE OUTUBRO.


Feliz Dia da Reforma!

Feliz Dia da Reforma!

image from google

Estou vendo alguns posts sobre o Dia da Reforma e decidi tomar um tempinho para escrever alguns de meus pensamentos.

Todos nós sabemos que a escolha da data de 31 de Outubro de 1517 é (como a maioria das datas na história) arbitrária. É claro, você pode identificar 7 de Dezembro de 1941 com o Pearl Harbor porque foi um evento específico, mas (ainda assim) muitas coisas contribuíram para que ele acontecesse naquele dia. A data que escolhemos para o início da Reforma é ainda mais subjetiva. Isso porque era necessário muitos e muitos fatores para que a Reforma pudesse acontecer, e esses fatores tiveram raízes nos séculos que precederam as ações de Lutero.

Duvido, ainda mais, que Lutero colocaria algum peso sobre essa data em específico. Bem, é claro que ele veria alguma relevância sobre o desafio que havia lançado, mas não mais do que em qualquer um dos outros eventos de sua vida. Ele não tinha intenção alguma de criar uma rebelião contra Roma por suas ações, ele estava apenas fazendo o que a maioria dos professores na Europa faziam naqueles dias: convidando uma escola rival a uma versão escolástica de um jogo moderno de futebol. Em sua mente ele estava seguindo os passos de outros homens piedosos da igreja, e, nesse exato momento, ele ainda não havia reconhecido as questões epistemológicas básicas que ele haveria de ser forçado a encarar em apenas uma questão de anos.

Mas é certo sim marcar o início da Reforma (ainda que façamos isso de forma arbitrária). Poderíamos ter voltado até Wycliffe, ou ter escolhido 6 de Julho de 1415 e a morte de João Huss (pois sua morte teve muita importância). Poderíamos ter ido até a divisão entre Zuínglio e Roma ou a Dieta de Worms e o “Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa”. Em todo caso, parece adequado marcar o evento (ao menos para uma pequena minoria).

Para a maior parte do Romanismo e Protestantismo, a Reforma é um evento histórico sem qualquer significado duradouro. Para muitos, na verdade é um trágico evento, um erro, digno de arrependimento de seus adeptos e de repúdio pelos outros. Mas para a maioria é apenas uma nota de rodapé na história e, dada sua teologia e prática, não possui significado duradouro. Entre esses estão os católicos nominais que provam, por suas vidas, que eles realmente não acreditam na maioria das coisas que Roma ensinou. Mas também estão aqueles que são protestantes por conveniência e não por convicção. Para eles a Reforma claramente não apresenta qualquer razão para se celebrar ou refletir nos dias de hoje. Se alguém não aprecia a liberdade que a justificação garante, não se alegra com a imputação da justiça de Cristo (saiba que muitos dos grandes nomes de hoje da “cristandade não-católica” riem disso) e não abraça e confessa o Sola Scriptura, esse alguém não tem razão alguma para refletir sobre o Dia da Reforma (seria melhor ir comprar doces e se juntar às festividades pagãs).

Mas para aqueles que ainda abraçam aos Solas não por uma fidelidade partidária ao que é “legal”, mas por um reconhecimento do eterno valor que essas verdades representam, o Dia da Reforma é um lembrete anual do que realmente importa nesses dias de “verdades” borradas e transitórias. Então, para aqueles que entendem isso, um feliz Dia da Reforma!

***
Autor: James R. White
Fonte: Página do autor no Facebook
Tradução e adaptação: Erving Ximendes


Diretor da Uber toma soco no rosto dentro do Senado; isso mostra que a guerra é suja contra os aplicativos de transporte

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Caetano Veloso é colocado em seu devido lugar ao ser proibido de fazer show durante invasão do MTST

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200.000 pessoas já votaram contra projeto que tenta proibir apps de transporte e destruir 500.000 empregos

200.000 pessoas já votaram contra projeto que tenta proibir apps de transporte e destruir 500.000 empregos

http://transporteurbanoconservador.blogspot.com/2017/10/200000-pessoas-ja-votaram-contra.html





Hitler e Mussolini: Atores Esquerdistas. Nazismo e fascismo: Movimentos Esquerdistas!



HITLER TERIA SIDO RECUSADO POR PARTIDO SOCIALISTA, QUE JORNAL CHAMA DE “EXTREMA-DIREITA”



Um documento tornado público pelo historiador Thomas Weber, da Universidade de Aberdeen, revela que Adolf Hitler tentou ingressar em outro partido político de extrema-direita antes de se filiar ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido como Partido Nazista. Em 1919, ele foi rejeitado pelo recém-formado Partido Socialista Alemão, decisão que acabou sendo determinante para sua ascensão política.
— Até um ano antes, ele não demonstrava nenhuma qualidade de liderança e estaria feliz em seguir ordens, em vez de dar ordens — comentou Weber, em entrevista ao “Guardian”.
Segundo a tese do historiador, o Partido Socialista, também de extrema-direita, era muito maior que o Partido Nazista, com mais lideranças consolidadas. Se Hitler tivesse sido aceito, provavelmente seria colocado numa função menor e, dessa forma “seria improvável que conseguisse assumir o poder”.
Após ser rejeitado pelo Partido Socialista, Hitler se filiou ao Partido Nazista e se tornou líder em 1921. O Partido Socialista foi dissolvido no ano seguinte e muitos de seus membros, incluindo o líder antissemita Julius Streicher, se uniram sob o comando de Hitler.
Oi? Partido Socialista também de extrema-direita? Qual o próximo passo? Chamar Lenin e Stalin de ícones da direita conservadora? O fato de Hitler ter sonhado com uma adesão ao Partido Socialista mostra apenas aquilo que todos os pesquisadores sérios já sabem: que o nazismo é, no fundo, muito parecido com o socialismo. O fato de que vários outros seguiram Hitler nessa trajetória também demonstra isso.
Nazismo, fascismo e comunismo disputavam o mesmo tipo de alma coletivista, antiliberal, anticapitalista, que desprezava a democracia representativa, o indivíduo e suas liberdades. Tudo no estado, nada fora do estado: o lema de Mussolini, que coloca no mesmo saco podre todos esses centralizadores de poder que odeiam o livre mercado.
Em The Big Lie, Dinesh D’Souza comprova como as três ideologias são similares entre si, e como tiveram e têm simbiose com a esquerda democrata “progressista”, a mesma que acusa todos de “fascistas” hoje. Para quem foca nos fatos, não na narrativa dos grandes mentirosos da academia e da mídia, não há novidade alguma nisso.
Como o historiador Anthony James Gregor escreve: “Sob a influência da análise marxista do fascismo, as declarações fascistas nunca são analisadas como tais. Elas são sempre ‘interpretadas’. Os fascistas nunca são entendidos como significando o que eles dizem. Como consequência, tem havido muito pouco esforço, até à data, para fornecer um relato sério do fascismo como uma ideologia”.
Mas quem for analisar o que os fascistas efetivamente disseram e fizeram, ficará claro que a esquerda radical e o fascismo, assim como o nazismo, são bem mais parecidos do que gostariam os esquerdistas modernos. Concentrar o poder no estado central e ignorar o indivíduo é o foco essencial do fascismo, e era isso que atraía tanto coletivista para essa ideologia, ou para a sua concorrente, o socialismo. Mussolini foi um líder socialista antes de fundar seu partido fascista.
Antes da Segunda Guerra que deu ao fascismo e ao nazismo sua má-fama, vários “progressistas” da esquerda americana elogiaram as duas ideologias, e o inverso também aconteceu: Mussolini, Hitler e seus principais assessores teceram elogios aos esquerdistas americanos, inclusive ao presidente democrata Roosevelt, aquele que mais conseguiu aproximar os Estados Unidos de um regime fascista. Dinesh escreve sobre Mussolini:
As credenciais socialistas de Mussolini eram impecáveis. Ele havia sido criado em uma família socialista e fez uma declaração pública em 1901, com a idade de dezoito anos, de suas convicções. Aos vinte e um, ele era um marxista ortodoxo familiar não só com os escritos de Marx e Engels, mas também de muitos dos mais influentes marxistas alemães, italianos e franceses do período fin de siècle. Como outros marxistas ortodoxos, Mussolini rejeitou a fé religiosa e escreveu panfletos anti-católicos que repudiam seu catolicismo nativo.
Tudo isso é “grego” para quem foi “formado” pelas universidades e imprensa das últimas décadas, onde já reinava a “grande mentira”. Hitler era um socialista e um nacionalista, que bebeu de fontes marxistas, e que desdenhava do capitalismo, associado por ele aos judeus. Quem ainda acha que Hitler é “extrema-direita” e que, portanto, está mais perto de Reagan e Thatcher do que de Lenin, Stalin ou Mao não entendeu nada de nazismo, comunismo e da história do século XX.
Mas para insistir na “grande mentira”, o jornal não se importa de rotular um Partido Socialista como de “extrema-direita”. É como se o PSOL fosse chamado de “extrema-direita”!
Rodrigo Constantino

Prefeitura de Osasco barra peça de artistas comunistas, e, os mesmos protestam "contra censura", e gritando platonicamente, e de forma abstrata e romancista-intimista-subjetivista: "Venezuela, Coreia do Norte e Irã são modelos de países SEM CENSURA".

Prefeitura de Osasco barra peça de artistas comunistas, e, os mesmos protestam "contra censura", e gritando platonicamente, e de forma abstrata e romancista-intimista-subjetivista: "Venezuela, Coreia do Norte e Irã são modelos de países SEM CENSURA". - http://culturadeosasco.blogspot.com.br/2017/10/prefeitura-de-osasco-barra-peca-de.html

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Direita São Paulo Núcleo Barueri e Osasco conseguem aprovar a "Criminalidade" da "Ideologia Idiotizante e Bestializante-Marxista de Gênero" em Barueri.

“Demissão sumária” ao que discutir gênero em escola


“Demissão sumária” ao que discutir gênero em escola


O vereador de Barueri Allan Miranda (PSDB) defendeu “demissão sumária” aos professores que discutirem ideologias de gênero nas escolas da rede municipal de ensino. A afirmação foi feita na terça-feira (24/10), durante sessão na Câmara Municipal de Barueri que aprovou projeto de sua autoria, proibindo docentes de tratar de temas relacionados ao homossexualismo e aos transexuais, entre outros gêneros, apesar de o assunto não contar com “autorização oficial” da Prefeitura.

“O Criador fez o homem e a mulher, e esses filósofos picaretas querem inventar outro sexo. Tem que ter demissão sumária (ao professor que tratar do tema), porque isso é uma lavagem cerebral”, discursou o vereador. “Crianças com cinco anos de idade estão sendo submetidas a essa ideologia”, afirmou, sem, no entanto, citar qualquer caso concreto do tema no Brasil.

Allan comemorou a falta da presença de militância contrária ao projeto, e agradeceu a presença na sessão de movimento estadual "Direita São Paulo", cujo núcleo barueriense apoiou a iniciativa com gritos de “Paulo Freire comunista”, “não a pedofilia”, “não ao incesto” e até de “aleluia”.

Sobre a militância contrária, o vereador disse que esta é uma “ditadura da minoria”. “É a família sendo destruída por falsos filósofos. Não tenho nada contra, respeito a diversidade, mas não posso aceitar que roubem a inocência de nossas crianças. Escola não é laboratório, e nossas crianças não são cobaias”, disse Allan.

Coordenadoria
Até a gestão passada, a Prefeitura de Barueri mantinha a “Coordenadoria de Diversidade Sexual”, este ano incorporada à nova “Coordenadoria de Direitos Humanos e Enfrentamento à Violência de Gênero”, ligada à Secretaria da Mulher. Sobre o projeto de Allan, a pedido do jornal Cidade de Barueri, o departamento emitiu a seguinte nota: “O vereador Allan Miranda tem a prerrogativa de propor leis para serem discutidas na sociedade. A Secretaria da Mulher está sempre à disposição para promover ou participar de qualquer debate que tenha o conteúdo democrático e republicano”.


domingo, 29 de outubro de 2017

342 Artes não fez nenhum vídeo após extrema esquerda tentar impedir exibição de filme na base da porrada na UFPE

342 Artes não fez nenhum vídeo após extrema esquerda tentar impedir exibição de filme na base da porrada na UFPE. - http://culturadeosasco.blogspot.com.br/2017/10/342-artes-nao-fez-nenhum-video-apos.html

Por que os PETISTAS e ESQUERDISTAS odeiam o UBER e demais aplicativos de transporte?

Por que os PETISTAS e ESQUERDISTAS odeiam o UBER e demais aplicativos de transporte? - http://transporteurbanoconservador.blogspot.com.br/2017/10/por-que-os-petistas-e-esquerdistas.html

Imprensa esquerdista brasileira elogiou mulher que se prostituiu desde os 12 anos!



Imprensa esquerdista brasileira elogiou mulher que se prostituiu desde os 12 anos! - 

http://culturadeosasco.blogspot.com.br/2017/10/imprensa-esquerdista-brasileira-elogiou.html

OS 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE: WEBER TINHA RAZÃO?

25 de outubro de 2017 d.C



Por Tiago Barreira, publicado pelo Instituto Liberal
Cultura e Religião é um dos principais motores de transformações sociais ao longo da história humana. A economia, uma das dimensões do estudo do comportamento humano, não estaria imune aos impactos externos exercidos por mudanças na esfera cultural e religiosa. A Reforma Protestante, iniciada em 31 de outubro de 1517 em Wittenberg, na Alemanha, é um exemplo clássico de como mudanças culturais podem impactar a economia.
À primeira vista, as diferenças entre os países que aderiram à Reforma Protestante e os que não aderiram parecem encontrar respaldo em diversos indicadores estatísticos. Nações de origem protestantes (tais como EUA, Suécia, Suíça, Dinamarca e Reino Unido) tendem a apresentar indicadores sociais de educação, renda per capita e IDH superiores em média a países de predominância católica (Portugal, Espanha, Itália, Irlanda e Polônia). Os países católicos também verificaram historicamente um desenvolvimento industrial tardio em comparação aos protestantes, além de menor grau médio de escolarização (a taxa de alfabetização era de 32% na Itália em 1870, contra 76% no Reino Unido no mesmo período[1]).
A Reforma vem sendo tema recorrente de estudos acadêmicos, seja na literatura econômica, sociológica ou histórica. Entre as obras mais célebres, encontra-se o clássico de Max Weber publicado em 1904, a Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.  Segundo Weber, o pensamento teológico calvinista teria impulsionado a fase inicial do desenvolvimento capitalista, ao legitimar uma ética voltada para trabalho e poupança.
Ao contrário dos demais países católicos, que detinham uma concepção tradicionalista do trabalho, enquanto meio de sustento para a manutenção de um padrão fixo de consumo, a concepção calvinista do trabalho o constituía um fim em si próprio. Esta concepção do trabalho com um fim em si próprio levaria a uma nova mentalidade de contínuo aperfeiçoamento profissional e acumulação de capitais. Nesse contexto, indivíduos bem-sucedidos economicamente eram vistos como cumpridores da vocação ao qual a vontade divina os predestinou, e os capitais acumulados, sinais visíveis de eleição e salvação.
Esta tese de Weber da relação entre ética do trabalho protestante e desenvolvimento capitalista apresenta evidência econômica? A literatura econômica vem apresentando resultados diversos. Como exemplo, o economista Davide Cantoni, em seu artigo de 2014 “The Economic Effects of the Protestant Reformation: Testing the Weber Hypothesis in the German Lands”, demonstra que não há evidências para diferenças no crescimento econômico entre cidades alemãs católicas e protestantes no decorrer dos séculos pós-Reforma[2]. O estudo sugere que, eliminando as diferenças geográficas, institucionais e educacionais entre as cidades analisadas, os hábitos religiosos não explicam divergências econômicas relevantes entre regiões protestantes e católicas alemãs.
Apesar de evidências desfavoráveis acerca da relação direta entre cultura protestante e desenvolvimento, alguns autores sugerem efeitos favoráveis, mas por outras vias indiretas e diferentes daquela enunciada por Weber. Becker e Woessmann (2009) apontam que esta via se daria através da educação[3]. Segundo o estudo, há evidências de que a alfabetização das massas, incentivada indiretamente pelos reformadores protestantes para fomento à leitura bíblica, teria desencadeado grande acumulação de capital humano em regiões luteranas da Alemanha.
Estes ganhos de capital humano com a alfabetização podem não ter se refletido em ganhos econômicos imediatos para uma economia agrária e manual como a Alemanha do século XVI e XVII. Contudo, a educação passou a exercer um peso econômico decisivo em meio à crescente especialização técnica exigida pela Segunda Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX. Com isso, as regiões protestantes, mais alfabetizadas que as católicas, puderam se lançar à frente no processo de desenvolvimento industrial.
Outras evidências de impactos indiretos do protestantismo sobre o desenvolvimento capitalista também podem ser encontradas em estudos como o de Cantoni (2017). Segundo este estudo, demonstra-se que o advento do luteranismo na Alemanha teria promovido aquilo que se denomina de “secularização da economia” [4]. Capitais e terras pertencentes à Igreja, primariamente voltadas para atividades monásticas e marcadas pelo enclausuramento social, foram expropriadas por autoridades seculares alemãs durante as guerras religiosas dos séculos XVI e XVII. Deste modo, as terras e capitais, que eram até então monopolizadas pelo poder eclesiástico, foram liberadas e redirecionadas para atividades seculares, mais produtivas e voltadas para o mercado.
Um outro importante efeito desta progressiva “secularização econômica” seria a forte queda da procura por vagas de ensino superior ligados à teologia em universidades alemãs do período pós-Reforma, e o aumento de prestígio de cursos seculares, vinculados à medicina, direito e artes. Em contraste, universidades católicas permaneceram com forte influência do ensino teológico (ver no gráfico abaixo).
O estudo qualitativo de Basten e Betz (2013) apresenta evidências mais claras da tese clássica weberiana, definida pela relação entre a ética protestante e a formação da mentalidade capitalista de trabalho e poupança. Eles observam, a partir de resultados de referendos suíços, divergências nas preferências políticas entre os habitantes dos cantões protestantes e católicos[5].  Segundo estes autores, a “ética do trabalho” estaria evidenciada no fato de que regiões mais fortemente ligadas à Igreja reformada tendem a apresentar padrões de votações mais alinhadas com o livre mercado e menos com a expansão do welfare state.
Os autores enumeram alguns exemplos. Protestantes tendem a ser menos favoráveis a medidas pró-lazer em 14 p.p em relação aos católicos, menos favoráveis a medidas pró-redistribuição em 5 p.p e menos favoráveis a medidas de mais intervenção estatal em 7 p.p. Deve-se ressaltar também que estas mesmas regiões protestantes tendem a apresentar um maior nível de renda per capita médio comparativamente às católicas.
Neste 31 de Outubro, a Reforma Protestante completará 500 anos. É fato que a publicação das 95 teses de Lutero em 1517 trouxe impactos profundos na dinâmica política, econômica e social dos países ocidentais que a aderiram, como ressaltados por diversos autores, entre os quais Max Weber. É também fato que a Reforma de Lutero, mesmo em uma sociedade crescentemente secularizada, reverbera até os dias atuais, nos legando as atuais discrepâncias dos padrões educacionais, institucionais e culturais existentes no mundo ocidental moderno. E o Brasil, uma nação de colonização ibérica e católica, não está fora desse contexto.
Sobre o autor: Tiago Barreira é formado em economia pela FGV.
Nota: Artigo publicado originalmente no Blog do IBRE (Ver em: http://blogdoibre.fgv.br/posts/os-500-anos-da-reforma-protestante-weber-tinha-razao)
[1] Fonte: https://ourworldindata.org/literacy/
[5]  http://pubs.aeaweb.org/doi/pdfplus/10.1257/pol.5.3.67

PRAGER UNIVERSITY PROCESSA YOUTUBE POR CENSURA DE VÍDEOS: “ALGUÉM TEM QUE ENFRENTAR GOLIAS”

25 de outubro de 2017 d.C



A Prager University, ou simplesmente PragerU, fundada pelo conservador Dennis Prager, resolveu processar o YouTube e sua dona Google por censura ilegal e discriminação na liberdade de expressão.
Prager disse num comunicado que sua empresa acredita que os gigantes da internet estão tentando boicotar o pensamento político conservador, restringindo o acesso ou impedindo a monetização dos vídeos.
Não se trata de um caso isolado. Vários produtores de conteúdo de direita já afirmaram sofrer o mesmo tipo de boicote ou censura. A prática tem sido recorrente, pelo visto, assim como o banimento temporário do Facebook por pensadores conservadores, sem critério razoável.
Os gigantes são claramente associados às bandeiras “progressistas”, e após a vitória de Donald Trump cederam às pressões da esquerda para combater as “fake news”, que, segundo eles, não são aquelas da CNN e companhia, mas sim as dos sites independentes de direita.
A CEO da PragerU, Marissa Streit, disse que alunos de universidades reclamaram no verão de 2016 que não estavam conseguindo visualizar alguns dos vídeos da empresa nos browsers da universidade. Foi assim que a PragerU descobriu sobre o “restricted mode” que o YouTube colocava em seus vídeos para dificultar o acesso do público.
Os vídeos da PragerU são simplesmente fantásticos, sempre com muitos argumentos e especialistas apresentando fatos e lógica de forma bastante didática. Ninguém é obrigado a concordar com todo o conteúdo, claro, mas é inimaginável considerar algum de seus vídeos como “inapropriado”. A menos que combater o aborto seja “um crime”, maior do que o próprio aborto!
Streit disse que, no começo, o YouTube ignorou as cobranças por explicação da empresa, mas após muita pressão e uma petição, finalmente passaram a responder. Mas ainda sem qualquer explicação aceitável. Os vídeos, segundo o YouTube, ferem as “normas” estabelecidas pela empresa, o que significa basicamente o puro arbítrio dos censores.
Convido todos a ver alguns vídeos da PragerU e tentar encontrar um só conteúdo inadequado. Vídeos que questionam por que o nazismo é odiado, mas o comunismo não, ou críticas ao Islã radical foram considerados “inapropriados”. O único critério para isso é ideológico, é pura censura ao contraditório, ao próprio pensamento conservador.
“Discurso de ódio” passou a ser tudo aquilo que não é “progressismo”. Ao processar os gigantes da internet, a PragerU toma uma corajosa decisão, que pode lançar luz sobre o problema do viés ideológico desses sites. É, de fato, uma briga de Davi contra Golias. Mas como um bom judeu defensor dos valores da civilização judaico-cristã, Dennis Prager não é de se acovardar e fugir da briga. Em jogo está nada menos do que nossa liberdade.
by Rodrigo Constantino

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O LIVRO MAIS IMPORTANTE DA HISTÓRIA BRASILEIRA: Arquivos abertos da KGB: Revelam nomes e ações de professores universitários e jornalistas brasileiros como agentes da KGB.


Prefácio de Olavo de Carvalho ao livro de Mauro Abranches sobre a atuação da KGB no Brasil

25 de outubro de 2017 - 13:31:42
Detalhes da entrada da antiga sede da StB em Praga, República Checa.
(A obra será lançada em breve.)

Este livro, sozinho, vale mais do que toda a bibliografia consagrada sobre os acontecimentos de 1964.

PREFÁCIO
Olavo de Carvalho
Condensando um zunzum que já circulava em jornais comunistas e em teses do Comitê Central do PCB, o livro do jornalista Edmar Morel, O Golpe Começou em Washington, publicado pela Editora Civilização Brasileira em 1965, lançou, já no seu título, o mantra que desde então foi repetido incansavelmente em artigos, reportagens, livros, teses universitárias, filmes, especiais de TV e vídeos do youtube: o movimento que removeu do cargo o então presidente João Goulart foi, no essencial, uma trama do governo americano, uma brutal intervenção estrangeira dos assuntos nacionais, uma manobra da CIA urdida para derrubar um governo nacionalista cujas reformas ameaçavam os interesses do capital imperialista.
A Civilização Brasileira era a maior editora comunista do país, dirigida pelo militante histórico Ênio Silveira, e Edmar Morel, tendo servido ao famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) da ditadura Vargas, soube adaptar-se rapidamente aos novos ares após a queda do ditador: ganhou do governo soviético uma viagem a Moscou, que relatou num livro de 1952. Ninguém ignora o que essas viagens significam na longa história das cooptações e recrutamentos.
Não é humanamente possível fazer a lista das publicações e produções que endossaram a tese de Edmar Morel. Praticamente nenhum jornal, canal de TV ou universidade, no Brasil (e algumas no exterior) falhou em repeti-la com a constância de um devoto recitando preces jaculatórias. Mais recentemente, a tese ganhou o apoio de celebridades americanas, entre as quais Noam Chomsky, e, entre inumeráveis filmes que confirmavam a mesma versão dos acontecimentos, pelo menos um recebeu um prêmio nos EUA.
Tão vasta, contínua e prestigiosa unanimidade é de molde a desencorajar, no nascedouro, qualquer objeção que possa colocá-la em dúvida.
No entanto, toda essa vistosa e idolatrada construção, em que se empenharam tantos cérebros, tantas verbas públicas e tantos patrocínios privados, é posta abaixo e reduzida a pó mediante uma simples pergunta: Como é possível que a CIA tenha exercido tão profunda e avassaladora influência no curso da história nacional em 1964, se até agora não apareceu, na imensa bibliografia a respeito, o nome de um único agente daquela organização que estivesse lotado no Brasil na época? Nem unzinho só.
Como é possível tanta ação sem nenhum agente?
Inversa e complementarmente, a teoria moreliana do golpe de 1964 baseia-se na premissa – tão unânime e indiscutida quanto ela mesma – de que não havia nem séria infiltração comunista no governo João Goulart, nem o menor risco de uma revolução comunista, nem muito menos qualquer ingerência soviética nos assuntos nacionais.
A importância vital deste livro reside em que demole a porretadas esse mito, mostrando que, em contraste com a ausência total de homens da CIA operando no Brasil naquela ocasião, os agentes da KGB nas altas esferas da República eram, documentadamente, centenas, talvez milhares. O governo Goulart nunca foi senão uma ponta-de-lança do imperialismo soviético.
Mauro Abranches é um tradutor brasileiro residente na Polônia, dominador tanto da língua polonesa quanto da checa, e não faz aqui obra de polêmica, muito menos de acusação: lê e resume documentos de fonte primárias – sobretudo do serviço checo de inteligência, a STB — com extrema idoneidade científica e tem o cuidado de não sair carimbando ninguém de “agente da KGB”, nem mesmo quando há razões de sobra para fazê-lo, enfatizando, antes, que muitas pessoas mencionadas nesses documentos não passam de inocentes úteis, levados a colaborar com a subversão comunista sem seu pleno consentimento e às vezes sem clara consciência do que se passava. Ainda assim, o panorama que ele traça da presença soviética no governo João Goulart ultrapassa as dimensões da mera “infiltração” e justifica falar, mesmo, de “ocupação”.
Sem nenhum exagero, a narrativa oficial de 1964 é uma inversão completa e cínica da realidade, dando foros de certeza ao que é mera conjetura, quando não invencionice, e ocultando montanhas de fatos decisivos.
Este livro, sozinho, vale mais do que toda a bibliografia consagrada sobre os acontecimentos de 1964. E uma pergunta que ele suscita inevitavelmente é: quanto dessa bibliografia não foi inspirado ou produzido, justamente, pelos mesmos agentes soviéticos aqui nomeados e fichados?
Antes mesmo das revelações aqui estampadas, os rombos da narrativa canônica já eram tão gigantescos que, para não vê-los, era preciso um considerável esforço de auto-hipnose.
Vinha, em primeiro lugar, a crença geral de que Goulart fora derrubado, não por ser um joguete nas mãos dos comunistas, mas por ser um patriota, um nacionalista, cujas “reformas de base” constituíam um acinte e uma ameaça aos interesses do capital imperialista.
Mas como podia ser isso, se o malfadado presidente jamais apresentou um único projeto de “reforma de base”, todas as iniciativas nesse sentido partindo do Congresso contra o qual ele tanto esbravejava?
Como observei em artigo de 25 de maio de 2014, a “ lei mesma da remessa de lucros, que teria sido a ‘causa imediata’ do golpe, só o que Goulart fez com ela foi sentar-se em cima do projeto, que acabou sendo aprovado por iniciativa do Congresso, sem nenhuma participação do presidente. Se a fúria do capital estrangeiro contra essa lei fosse a causa do golpe, este teria se voltado não contra Goulart e sim contra o Congresso – Congresso que, vejam só, aprovou o golpe e tomou, sem pressão militar alguma, a iniciativa de substituir Goulart por um presidente interino”.
Outro simulacro de prova em favor da tese da “intervenção imperialista” foi a ajuda que algumas entidades americanas – não a CIA – deram à resistência parlamentar e jornalística anti-Goulart. Ninguém, entre os que apelavam a esse argumento, fez jamais a seguinte pergunta: se os tais agentes do imperialismo ianque exerciam tanta influência sobre o Congresso e a grande mídia, reunindo condições para um impeachment do presidente, com uma transição legal e pacífica, por que iriam recorrer ao método traumático e desnecessário da intervenção militar?
Para sustentar que “o golpe começou em Washington” seria preciso provar, não que o governo americano ajudou a fomentar uma gritaria difusa contra a situação, mas que os agentes dele participaram ativa e materialmente da conspiração militar em si, entrando em reuniões secretas de generais e discutindo com eles os detalhes estratégicos e táticos da mobilização final. Mas, se não existe sequer indício da presença de um único agente da CIA no território nacional, como poderia haver provas de que essa criatura inexistente fez isso ou aquilo?
A tese consagrada mistura, numa síntese confusa mais conveniente aos objetivos da propaganda que aos da ciência histórica, a ação pública com a ação secreta, a atmosfera política geral com as iniciativas concretas dos militares e, fundindo tudo sob a mágica do símbolo “interesse imperialista”, enxerga uma autoria única e central por trás de processos não só diversos, como antagônicos.
De fato, quando o general Mourão partiu de Minas Gerais com suas tropas, ninguém, absolutamente ninguém num Congresso que estava ansioso para se livrar do incômodo presidente, tinha a menor idéia de que houvesse alguma iniciativa militar em andamento.
Longe de tramar o golpe, os americanios estavam, isto sim, apostando no que se destinava a ser e poderia ter sido uma alternativa parlamentar à intervenção militar.
No mesmo artigo citado, escrevi:
“Todos os jornais do país, até hoje, usam como prova da cumplicidade americana (com o golpe) a gravação de uma conversa telefônica na qual o embaixador Lincoln Gordon pedia ao presidente Lyndon Johnson que tomasse alguma providência ante o risco iminente de uma guerra civil no Brasil. Johnson, em resposta, determinou que uma frota americana se deslocasse para o litoral brasileiro. Fica aí provado… que os americanos foram, se não os autores, ao menos cúmplices do golpe. Mas, para que essa prova funcione, é necessário escamotear quatro detalhes: (1) A conversa aconteceu no próprio dia 31 de março, quando os tanques do general Mourão Filho já estavam na rua e João Goulart já ia fazendo as malas. Não foi nenhuma participação em planos conspiratórios, mas a reação de emergência ante um fato consumado. 2) A frota americana estava destinada a chegar aos portos brasileiros só em 11 de abril. Ante a notícia de que não haveria guerra civil nenhuma, retornou aos EUA sem nunca ter chegado perto das nossas costas. (3) É obrigação constitucional do presidente dos EUA enviar tropas imediatamente para qualquer lugar do mundo onde uma ameaça de conflito armado ponha em risco os americanos ali residentes. Se Johnson não cumprisse essa obrigação, estaria sujeito a um impeachment. (4) As tropas enviadas não bastavam nem para ocupar a cidade do Rio de Janeiro, quanto mais para espalhar-se pelos quatro cantos do país onde houvesse resistência pró-Jango e dar a vitória aos golpistas.”
A insistência obstinada numa tese impossível explica também o silêncio atordoante com que mídia e o establishment bem-pensante em geral receberam a revelação do então chefe da KGB no Brasil, Ladislav Bittman, de que essa mesma tese fora inventada pela própria espionagem soviética, mediante documento falso enviado a todos os jornais na ocasião. De 2001 a 2014, várias vezes tentei, em vão, chamar a atenção da classe jornalística para o livro de memórias em que o agente checo faz essa confissão explosiva.
O silêncio cúmplice, o comodismo, a mistura promíscua e obscena de jornalismo com militância esquerdista, conseguiram bloquear, por meio século, o acesso do povo brasileiro não só a fatos como a meras perguntas que pudessem abalar a mitologia dominante.
Mas agora a brincadeira acabou. Não só este livro memorável traz a prova cabal e definitiva do engodo, mas surge numa situação bem diversa daquela em que o país viveu nos últimos cinquenta e tantos anos. Hoje há um público mais consciente, que, desmoronada a farsa do comunopetismo, já não se verga, com mutismo servil, ante a opinião do beautiful people jornalístico e universitário.
O trabalho paciente e consciencioso de Mauro Abranches vai, com certeza, encontrar uma platéia atenta e sensível, madura para desprezar o argumentum auctoritatis e sobrepor, à lenda, a realidade.
Notas:
1. Não preciso relembrar aqui os freqüentes e discretíssimos episódios de carreiras universitárias abruptamente encerradas pela ousadia de contestar esse ou qualquer outro dogma do credo esquerdista.
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3. V. meu artigo “Sugestão aos colegas”, de 17 de fevereiro de 2001, http://www.olavodecarvalho.org/sugestao-aos-colegas/.
4. Como se verá no presente livro, a KGB, nos países do Terceiro Mundo, não atuava diretamente, mas através dos serviços secretos dos países satélites; no Brasil, a STB, serviço de inteligência da Tchecoslováquia.

Fonte: http://midiasemmascara.org/artigos/destaques/prefacio-de-olavo-de-carvalho-ao-livro-de-mauro-abranches-sobre-a-atuacao-da-kgb-no-brasil/

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA DEVE SERVIR PARA NÃO ESQUECERMOS DO TERROR COMUNISTA

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
ARTIGOS

ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA DEVE SERVIR PARA NÃO ESQUECERMOS DO TERROR COMUNISTA

Outubro de 1917. Os bolcheviques davam um golpe e tomavam o poder, meses depois da saída do Czar. Era ali que começava para valer a revolução russa, um triste marco da história da humanidade. Milhões morreram em poucos meses, assassinados, famintos, peões no tabuleiro de xadrez de Lenin e seus cúmplices psicopatas.
Não obstante, a imprensa ainda trata o fenômeno com certa nostalgia. No Globo, temos visto várias reportagens que parecem quase enaltecer o evento. Basta ver que a desgraça imposta a milhões de vítimas inocentes é retratada como “inadequações” do sistema, ou que naqueles anos comunistas, ao menos as prateleiras estavam cheias (uma mentira deslavada), enquanto hoje reina a desigualdade capitalista:
Em busca da verdade, portanto, resgato aquele que foi um dos meus primeiros textos, escrito anos atrás e publicado no Mídia Sem Máscara. As fontes são mais fiéis: os arquivos abertos por Moscou, utilizados por autores ex-comunistas para escrever a biografia definitiva do regime assassino: O livro negro do comunismo.
Lembro como se fosse hoje das noites perdidas de sono, ao ler relatos sobre o que aquelas pessoas sofreram nas mãos desses assassinos. O alto custo da utopia igualitária chegou a cem milhões de vidas perdidas, sem falar de tantas outras destruídas. E ainda tem gente que defende essa ideologia podre!
O terror vermelho
“Aqueles que não podem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo.” – George Santayna
O mundo nunca mais seria o mesmo depois de 1917. Uma nova era de terror seria instaurada pelos quatro cantos da Terra, e as sequelas ainda podem ser sentidas até hoje. Entretanto, muitas atrocidades cometidas em nome da causa comunista são desconhecidas por grande parte das pessoas, em muito explicado pela cortina de ferro, que tanto ocultou do mundo os acontecimentos desta época.
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Esse texto tenta resgatar apenas alguns fatos, uma pequena parcela do que teria sido o período de terror vermelho. As fontes são documentos oficiais, cartas e relatos, tudo escondido pelos comunistas e somente descoberto após a queda do Muro de Berlim em 1989 e da URSS em 1992. Os materiais estão reunidos no intenso livro O Livro Negro do Comunismo, escrito por ex-comunistas que acordaram duramente para a realidade.
Seguramente, os anos dos czares na Rússia foram cruéis, e uma revolta popular era o caminho lógico. Porém, em 1917, a tomada do poder foi tão fácil que uma luta armada nem se fazia necessária. Os bolchevistas deram na verdade um golpe dentro do golpe, e partiram para a instalação do terror. Para se ter uma rápida idéia em números, de 1825 a 1917, cerca de 3.900 pessoas foram executadas, quantidade esta já ultrapassada pelos bolchevistas após quatro meses no poder. Lênin queria e conseguiu iniciar sua guerra civil.
O objetivo inicial era a luta de classes, sendo que essas foram na prática divididas em bolchevistas e não-bolchevistas. Quem não aderiu à causa e ao partido seria eliminado. Os kulaks, por exemplo, eram pequenos proprietários de terras, longe de serem grandes latifundiários ou burgueses, e seriam praticamente dizimados da Rússia. Entre 10 a 15 mil execuções sumárias ocorreriam em dois meses somente, sob ordens da Tcheka. Em poucas semanas, eles já teriam executado três vezes mais pessoas do que todo o império czarista havia condenado à morte em 92 anos! E além desta mudança numérica, o método de condenação havia mudado radicalmente também. Para ser fuzilado bastava ser considerado um “suspeito”, “inimigo do povo”, e nenhum julgamento era preciso.
Vários massacres foram acontecendo de forma ininterrupta na década de 1920. Em Criméia, pelo menos 50 mil civis foram aniquilados pelos bolchevistas em dois meses em 1920. A troiki, que eram tribunais de descossaquização, condenaram à morte mais de 6 mil cossacos nesta época. Suas casas eram destruídas e as terras eram distribuídas entre os membros do partido. Em regiões cossacas onde houve oposição aos bolchevistas, populações inteiras foram mortas, totalizando mais de 500 mil vítimas em apenas dois anos nas regiões do Don e Kuban, cuja população total não ultrapassava 3 milhões.
Outra arma muito utilizada pelos bolchevistas foi a fome. Eles simplesmente cortavam o fornecimento de comida para determinadas regiões, matando de fome populações inteiras. Pelo menos 5 milhões de pessoas, numa estimativa conservadora, morreram de fome em 1921 e 1922 apenas! A era de Stalin não iria deixar por menos, e entre 1932 a 1933 mais de 6 milhões de pessoas iriam morrer de fome também. As perseguições não eram seletivas, e praticamente qualquer um poderia se tornar uma vítima do rolo compressor vermelho. “Burgueses”, “capitalistas”, pequenos proprietários, membros da Igreja, participantes de outros partidos, enfim, qualquer um que não fizesse parte dos bolchevistas eram alvos potenciais. Em 1936, por exemplo, mais de 70% das igrejas locais haviam sido destruídas.
Somente entre 1937 e 1938, cerca de 700 mil pessoas foram executadas pelo NKVD de Stalin. Este tinha determinado cotas a serem exterminadas, e muitas vezes não havia motivo algum para tais execuções que não preencher essas cotas. O “julgamento” não levava mais de dois dias. Intelectuais foram vítimas também, e universidades, institutos e academias foram dizimadas. O Grande Terror de Stalin estaria em andamento, visando a eliminar todos os “elementos perigosos à sociedade”, uma noção com contornos muito amplos.
Foram criados os gulags, campos de concentração no mesmo estilo dos nazistas. No auge do encarceramento, existiam mais de três milhões de presos nestes campos, todos fazendo trabalho forçado. A taxa de mortalidade era absurdamente alta, devido ao total descuido das autoridades. Somente no ano de 1942, 18% dos presos morreram. Estes eram apenas simples cidadãos, não criminosos perigosos. Entre as pessoas condenadas por furtos encontravam-se inúmeras mulheres, viúvas de guerra, mães de família com crianças recém-nascidas etc. O canibalismo também foi muito freqüente nos gulags.
Em 24 de agosto de 1939, foi assinado um acordo de não-agressão entre a URSS stalinista e a Alemanha hitlerista. A parte mais importante do acordo, que foi ocultada até 1989, delimitava as esferas de influência e as anexações de dois países do Leste Europeu. A Polônia estava no epicentro do acordo, e seria esmagada por ambos os lados. Tanto os socialistas bolchevistas como os socialistas nazistas estariam exportando seu terror doméstico para outra nação de forma direta pela primeira vez. Sua população seria escravizada pelos dois lados, e muitos poloneses seriam exterminados.
As ambições imperialistas dos comunistas começaram bem cedo também, quase no mesmo instante da tomada de poder. Lênin criou o Komintern em 1919, que seria uma iniciativa de criar uma organização internacional para levar a revolução ao mundo inteiro. Eles eram a favor da “globalização” desde o começo. Nos tempos de Stalin, o Komintern direcionou seus recursos para a China, terreno fértil para se implementar o comunismo. Isso não impediu, entretanto, um foco expansionista em outras regiões. Vários foram os alvos da conquista bolchevista, como Espanha, Iugoslávia, Coréia do Norte, Vietnã, Camboja, Afeganistão, palestina, países da África e até América Latina.
O caso que merece mais atenção é o chinês, dado suas gigantescas proporções. A repressão na China comunista foi uma réplica das práticas do “Irmão Mais Velho”, a URSS de Stalin. Estimativas sérias apontam pelo menos 10 milhões de vítimas diretas, incluindo os 10 a 20% dos habitantes do Tibet que pereceram em conseqüência da ocupação chinesa. Pequim iniciaria também uma forte expansão internacional, e o Khmer Vermelho de Pol-Pot, que trucidou mais de 30% da população do Camboja, recebia fortíssima ajuda dos comunistas chineses, assim como os soldados do Viet-minh no Vietnã.
De acordo com o próprio Partido Comunista Chinês, dois milhões de “criminosos” teriam sido liquidados entre 1949 e 1952, em apenas quatro anos de novo regime. O Grande Salto adotado por Mao Tse Tung seria responsável pela mais mortífera fome de todos os tempos, em valor absoluto. As perdas ligadas à mortalidade causada pela fome podem ser avaliadas, de 1959 a 1961, entre 20 e 40 milhões de pessoas! A ajuda oferecida pelos Estados Unidos foi recusada por razões políticas nesta época.
Após a perda do apoio popular em consequência do Grande Salto, Mao tentou dar a volta por cima com a Revolução Cultural. Utilizando basicamente jovens que não tinham fresco na memória o terror do período anterior, ele iniciou um forte culto à personalidade e uma intensa lavagem cerebral. Quem não pertencia aos “vermelhos” não merecia viver, e nenhum critério além desse era necessário para uma execução. Os “rebeldes” viam-se a si mesmos como bons maoístas, totalmente alheios a qualquer ideal democrático ou libertário. Foram anos de anarquia, onde milhões de jovens pegaram em armas e fuzilaram a esmo qualquer indivíduo que se opusesse à ideologia vermelha. Foi o jeito que Mao encontrou para se fortalecer novamente no poder. O nível de torturas nesta época ultrapassou qualquer limite, e pessoas eram mortas em frente aos familiares, que depois eram obrigados a comer partes do defunto.
De posse desses fatos e conhecimento, é impossível não ficar revoltado com o comunismo. Mas algumas perguntas precisam ser feitas, já que tanto tentou se ocultar do regime mais assassino da história humana.
Em primeiro lugar, vamos comparar o comunismo ao nazismo. Hitler tinha uma linha de conduta muito similar a dos comunistas, criando um Estado totalitário, abolindo o direito à propriedade e eliminando todos os que se opusessem à causa. Seu Nazional Socialismo foi apenas uma variação do modelo comunista soviético. Em termos de saldo de mortes, Hitler carrega no currículo algo como 25 milhões de vítimas, enquanto o comunismo ultrapassa fácil a marca de 100 milhões. Por quê então uma revolta mundial tão maior com Hitler que Stalin ou Mao Tse Tung?
Para tentar responder isso, tentarei abordar três visões diferentes. Em primeiro lugar, a ideologia vendida pelo comunismo parecia mais nobre, pregando uma igualdade entre as pessoas, enquanto Hitler era declaradamente a favor da raça superior dos arianos. Os sonhos comunistas conquistam mais corações, e Jean Paul Sartre, por exemplo, declarou simpatia ao maoísmo, assim como Picasso sempre apoiou o comunismo.
Em segundo lugar, o método de conquista e difusão do nazismo foi mais direto, com invasões claras de territórios. Já a estratégia comunista foi mais sutil, se implantando em partidos políticos, mandando dinheiro e agentes, escondendo melhor o terror e sempre com um discurso romântico. Na prática, o comunismo foi até mais expansionista que o nazismo, dominando países em quase todos os continentes, mas a imagem do exército de Hitler ficou mais forte na cabeça das pessoas.
Por fim, Hitler declarou guerra a uma classe específica, dos judeus, enquanto os comunistas espalharam mais o terror, sem distinção de raça durante o extermínio. Como o nazismo concentrou mais os ataques, e num povo unido e poderoso como o judeu, a reação foi mais forte neste caso. Vários filmes foram feitos sobre o nazismo, mostrando toda sua crueldade e as atrocidades cometidas pela Gestapo e SS do Terceiro Reich. Já no caso do comunismo, como as vítimas foram mais dispersas, não houve uma forte propaganda levando ao mundo suas barbaridades. Sem falar que ainda existem muitos defensores da causa espalhados em cada continente, sempre lutando para ocultar fatos, distorcer verdades, inverter causalidades e mascarar o comunismo.
Somente esse conjunto de fatores pode explicar uma revolta mundial na simples visão da suástica, enquanto partidos políticos oficiais ainda usam com orgulho a foice e o martelo ou sustentam o nome comunismo. O presidente nacional do PT, para dar um exemplo, ostenta com orgulho seu passado de guerrilheiro maoísta, mas já imaginaram alguém do PFL se declarar um ex-adepto do nazismo? É muita má fé dessas pessoas, e muita ignorância do resto do povo, até hoje na total escuridão do que foi de fato o sonho comunista, um regime que espalhou o terror por todo o globo.
Outra pergunta curiosa também é como, diante dessas evidências todas, alguém ainda consegue recriminar os Estados Unidos durante suas ações militares no século passado? Para salvar a Europa das garras de Hitler, os americanos são aplaudidos. Mas por que então não termos a mesma postura diante da Guerra Fria, que foi uma reação americana aos avanços imperialistas do comunismo? A China invade a Coreia, os Estados Unidos a defendem, e Picasso pinta um famoso quadro mostrando o massacre de coreanos por americanos, perpetuando essa imagem distorcia dos fatos? A Rússia invade o Afeganistão, os EUA mandam tropas e dinheiro para a defesa da nação, e a única coisa que sobrevive na memória das pessoas é que os EUA “criaram” Bin Laden? A China tenta tomar o Vietnã, a França comete erro atrás de erro para tentar salvar sua colônia, os americanos partem em defesa do Vietnã sulista, prestes a cair sob o terror do norte, e tudo que conseguem lembrar são as mortes cometidas por americanos? A KGB manda agentes para o Brasil, após dominar Cuba, garante ajuda financeira para grupos comunistas como a Molico, Jango discursa na China que o comunismo está próximo no Brasil, os americanos se limitam a garantir apoio no caso de revolução, e tudo que conseguem falar sobre esta época é que os EUA “participaram” da nossa ditadura?
Realmente, falta muito embasamento nos debates nesse país, sem desmerecer de forma alguma a incrível capacidade propagandista dos comunistas, é claro. Se ao menos as pessoas soubessem o que foi o comunismo na prática…
Rodrigo Constantino